Opeth na capa da nova edição da Jedbangers



A maior revista argentina de heavy metal, a Jedbangers, paga tributo ao genial Mikael Akerfeldt em sua nova edição. A matéria, cujo título é "El Asombroso Mikael Akerfeldt", mostra o mundo do líder do Opeth e fala sobre o momento iluminado pelo qual a banda e o músico passam nos últimos anos. 


Aqui, vale uma pergunta e uma constatação: vocês repararam como as publicações brasileiras simplesmente ignoram o Opeth? A banda vem lançando discos espetaculares nos últimos anos, Akerfeldt é um dos maiores compositores do heavy metal e do rock atuais, seu projeto ao lado de Steven Wilson (Porcupine Tree) é brilhante, e aqui no nosso país as nossas revistas especializadas não dedicam uma única linha ao que a banda vem fazendo. Porque será? Mistérios da "imprensa" des(especializada) brasileira ...


Além disso, a nova edição da Jedbangers tem Nightwish, Lamb of God, Mastodon e muy más em suas páginas.

Comentários

  1. A resposta é simples: porque tanto a mídia nacional quanto o público daqui está mais interessada nas bandas senso comum, nada contra as bandas de metal "genéricas" ou que pagam tributo ao thrash, power, heavy, só acho que um pouco de inovação não faz mal a ninguém. E o Opeth, minha banda favorita há 10 anos (desde que conheci a banda) sai bastante desse senso comum, mesmo homenageando várias bandas que a influenciaram, conseguiram sair do "genérico", e esse último álbum, Heritage, está aí para provar o que eu digo. Ah, e quanto ao Storm Corrosion, faz uma semana que não sai do meu player, genial.

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  2. Povinho bunda da mídia especializada. Sempre as mesmas pessoas, mesmas perguntas às bandas.... nada muda, nenhuma inovação.

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  3. Nos últimos meses teve uma entrevista com o guitarrista da banda lá na Roadie Crew falando sobre o "Heritage". Mas de certa forma eu entendo o que vc diz.

    Me surpreendi bastante quando teve quase que um "entrevistão" com o Mastodon numa das últimas edições da revista, já que é outra banda que (infelizmente) é extremamente ignorada pelo público daqui, e claramente não está entre as preferências da nossa mídia "especializada".

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  4. cara, voce trabalha(trabalhou?) na midia especializada impressa e certamente sabe a resposta. que tal voce dividi-la conosco? acho que um post esclarecendo o porque da midia especializada tupiniquim ser tao tacanha escrito por alguem do meio seria um servico de utilidade publica...

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  5. Eu colaborei com a Roadie Crew algumas vezes, mas resolvi me afastar por não concordar com o direcionamento da revista. Foco meus esforços no blog, onde escrevo o que eu quero. Acho a mídia de heavy metal aqui no Brasil muito ultrapassada. Tem um monte de bandas que estão na estrada há tempos e são simplesmente ignoradas pelas revistas e sites.

    E eu não trabalho com isso, é apenas um hobby. Minha profissão é outra, apesar de não parecer (rs).

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  6. Quem gosta de ler sobre música por aqui só se ferra.... A RS e a Billboard são claramente outra proposta...não dá realmente pra levar em conta...principalmente a primeira... a Roadie Crew pelo jeito vai continuar eternamente com os mesmos defeitos que a meu ver refletem o público majoritário que consome a revista...só sobra a poeira Zine que é revista nicho do nicho....e na minha opinião é a melhor disparada... entrevistas são legais...mas eu prefiro muito mais matérias sobre cenas, conceitos, épocas, festivais, resenhas de discos e shows, guias...que é o que vemos nas revistas gringas... e existe uma oferta muito maior de revistas lá fora doque aqui no Brasil... ou nosso mercado é muito pequeno...ou não sabem explorar a potencialidade....fico com a segunda opção

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  7. Eu compro a Metal Hammer e a Classic Rock todos os meses, e com elas me mantenho informado sobre o que anda rolando. É leitura para o mês inteiro.

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  8. mas e isso que eu nao entendo, seelig! este direcionamento e uma lei? esta escrito em pedra e nao pode ser mudado? os caras fazem a roadie crew desta forma porque acreditam nisso ou e uma questao de mercado? a revista esta se parecendo cada vez mais com a falida rock brigade e o fim desta historia e previsivel...eu posso comprar revistas gringas e me manter informado, mas mesmo assim gostaria que este pais tivesse pelo menos uma revista de metal descente, e aqui que eu vivo, nao adianta eu me iludir pensando que vivo na europa ou nos eua!

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  9. Cleibson, o meu contato com a Roadie Crew sempre foi esporádico e apenas com uma pessoa: o Ricardo Batalha. Colaborei algumas vezes com a revista porque fui atrás e me propus a escrever. Em relação a Classic Series, essas revistas especiais são totalmente comandadas pelo Bento da poeira Zine, e colaborei com todas porque colaboro com o Bento. Um dos motivos, e talvez o principal, para eu ter decidido parar de colaborar com a RC é que eu tenho muitas críticas ao modo com a revista é produzida, e me sentia constrangido em externar isso sendo um colaborador.

    Não existe um manual escrito que diga isso ou não. Pelo menos, se existe, nunca chegou até mim. O que eu vejo é que isso reflete o mercado e o gosto pessoal de quem produz a revista. Não vou nem falar da Rock Brigade porque ela nem existe mais. Na minha opinião, uma revista não se faz apenas com entrevistas e reviews, por exemplo, como é o caso da RC. É preciso ir além, muito além. A opinião do jornalista não pode estar apenas em uma resenha, mas pela revista toda. Não é assim que se faz jornalismo musical, me desculpe.

    Acho que seria viável ter uma edição brasileira da Metal Hammer ou da Classic Rock. Melhor ainda: se tivesse condições, eu tentaria lançar uma edição nacional que unisse as duas, batizada talvez como Metal Hammer Classic Rock, já que ambas são da mesma editora inglesa. Existe mercado para isso, é um fato.

    Sinto falta de uma revista dedicada ao heavy metal aqui no Brasil que esteja atualizada com o que está rolando no gênero. Não quero ler uma matéria de página com o Grim Reaper, que nem no "auge" foi interessante. Quero ler sobre, por exemplo, o Huntress, que está bombando lá fora, mas sabe quando vai aparecer nas páginas da RC? Nunca!

    Estou escrevendo isso ouvindo um disco sensacional do Torche chamado Harmonicraft. Sabe quando a banda aparecerá nas páginas da RC? Never!

    Basta dar uma olhada na página principal da Collector's agora e ver o que tem lá: Grand Magus, Skam, Opeth, Baroness, Huntress, Shadows Fall, Job For a Cowboy, além de outros artistas que não são do metal. Todas essas bandas lançaram ou estão lançando discos excelentes. Mas elas estão na mídia especialiada brasileira? Não, é claro. E porque? Porque, na minha opinião, grande parte dos leitores, e também dos jornalistas, é preguiçosa e não vai atrás do novo, preferindo ficar mofando nos mesmos discos e bandas de sempre. É essa postura que faz com que nomes como Marilyn Manson, que são grandes em todo o mundo, sejam execrados aqui: ele ousa, flerta com outros estilos, usa maquiagem, é andrógino - isso não combina com o tradicionalismo da maioria dos fãs de heavy metal de nosso país, e se estende à mídia especializada também. Porque nomes como Violator, que é mais do mesmo e pra lá de mediano, ganham destaque? Porque são tradicionais, revivem um tempo antigo no qual a cena metal brasileira está presa. Roots é um disco excepcional, mas pergunte para um headbanger brasileiro qual a sua opinião sobre o álbum e ele vai dizer, pelo menos a maioria, que não gosta, que é "new metal". E desde quando new metal é ruim?

    É por isso que ficamos presos a figuras estereotipadas como os Thiagos Bianchis e Edus Falaschis da vida, que acreditam cegamente que o que há de mais moderno no heavy metal atual é algo como o Visions, lançado pelo Stratovarius em 1997!

    Certamente alguém vai dizer que eu estou cuspindo no prato em que comi ao criticar a RC, mas, para mim, mais importante e acima de tudo está a liberdade em dizer o que eu penso sobre o que eu bem entender. Essa foi uma das razões para esse blog ser criado, e continuará sendo enquanto ele existir.

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  10. Ricardo tem plena razão em um ponto: a mídia especializada brasileira e o próprio banger brasileiro é tradicionalista. Há uma diferença bem grande entre o banger brasileiro e o europeu. Aqui quando se gosta de um estilo (Thrash Metal, Power Metal, Black Metal) parece haver uma tendência a ficar só naquele estilo e ignorar todo o restante. Bsndas novas? Jamais chegarão aos pés das "clássicas". Já o banger europeu é muito mais aberto a bandas novas e a mais estilos musicais ao invés de sempre as mesmas.

    Como o Ricardo diz, isso vem muito da própria mídia especializada brasileira que influenciou uma geração "tr00 metal from hell" a xingar em fóruns e reclamar quando uma banda "não tr00" aparece em veículos que estão acostumados.

    Eu gosto de bandas novas e eu gosto de vários estilos. Claro que tenho minhas preferências e não sou chegado, por exemplo, a grande maioria das bandas de Black Metal. Mas isso é questão de gosto e não vou encher o saco se aparecer várias matérias de Black Metal na collectors por exemplo.

    E é um fato: até dois anos atrás, eu achava que o Opeth era uma banda mediana em termos de tamanho. Só depois descobri que ela é enorme lá fora. Isso possivelmente se deve a falta de cobertura da banda aqui no Brasil, ao qual passa a impressão de ser apenas mais uma banda entre várias outras.

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  11. Ricardo,

    Concordo com o seu comentário em relação ao Opeth.
    Sou suspeito para falar, afinal sou um fanático pela banda e pelos trabalhos do Michael.
    Conheci a banda graças aos amigos da DieHard, quem sempre querem me mostrar algo novo que eles acreditam que fará sucesso e que acreditam possuir qualidade.
    Na minha visão o OPETH não é uma banda que vende exemplares de revistas.
    É por este motivo que eles não se preocupam em fazer matérias com a banda.
    Rockbrigade não se fala mais, os caras faliram.
    A Roadiecrew, é uma boa revista, mas confesso que em muitas ocasiões nota-se que eles escolhem as matérias para vender mais.
    Apesar de ter todos os exemplares da revista, desde o número 01, vejo algo meio decadente.
    Capas, com Motorhead, Iron Maiden, Black Sabbath, sinceramente, não dá mais.
    Mas fazer o que, acho que é assim que eles querem manter vivo o "business" revista impressa.
    É por estas e por outras que venho sempre que posso ao blog para conhecer outras coisas.

    Boa sorte e que a qualidade se mantenha!!!!

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  12. É um ciclo vicioso muito dificil de ser quebrado Cadão ... a Brigade, na minha opinião, fez muito mal a longo prazo na cena rock e metal brasileira.... some ao fato que o metal e o rock costuma ser consumido pela classe média "classica" (não a nova ascendente) que é extremamente tradicionalista em várias vertentes sociais ....
    Chega a ser irritante... tem um programa na TV cultura...produzido por um pessoal de Jundiaí...bem...deixa pra lá....

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  13. eu acho que os caras da roadie crew sao fundamentalistas ortodoxos, ou seja, fanaticos, e uma questao ideologica. nao da para ter uma conversa inteligente com eles, assim como nao da para ter uma conversa inteligente com um torcedor, crente ou militante fanatico. quando vejo o batalha ou o vitao bonesso em algum show os caras parecem personagens do filme spinal tap, viraram caricatura! e quer gostemos ou nao estes caras representam fielmente a maioria dos headbangers brasileiros...

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  14. Então, Ricardo... JUSTAMENTE por isso eu recentemente defendi por aqui a INTERNET como uma ferramenta democrática, e fui mal compreendido por você e outros... defendo que, apesar de muitos males, o mau uso do instrumento por boçais de argumentação 'rasa' (público e mesmo integrantes de bandas, redatores, blogueiros etc) NÃO pode ser justificativa para atacar o sistema em si...

    Digo isso porque foi de 2000 para cá, com o advento da Internet, que eu - assim como muitos, e provavelmente você também se beneficiou - pude 'criar pernas próprias' e investigar a fundo o produtivo mundo do Heavy Metal...

    Ok, muitos lembram com romantismo, e eu tb, da época do fita gravada de amigo, conversa com dono de loja etc. Legal, bons tempos... mas as REVISTAS ganhavam papel muito importante, resenhas também (embora eu defenda que ainda sejam!), etc.

    E foi do fim dos anos 90 para cá que esse sistema começou a RUIR, ao menos para quem se interessou de ir atrás e NÃO "morreu" nos anos 80...

    Aí ficou escancarado que o leque de opções que revistas como a RC (para citar a 'sobrevivente') nos dava era (é) LIMITADÍSSIMO! Eles falam de uma cena que não é a verdadeira, eles não apresentam coisas novas, NÃO têm compromisso com a renovação da cena. Afora o papinho de "metal nacional", para mim absolutamente OBSOLETO e ultrapassado, ao qual já me referi várias vezes!

    Infelizmente, muitos se fazem de desentendidos, e pensam que defender isso é refutar de antemão tudo o que foi produzido no passado. É a MENTE extremamente FECHADA, que entende a ARTE como gerações, onde uma "é melhor ou pior" que outra, uma se sobrepondo à outra, e NÃO como uma saudável e interessantíssima ACUMULAÇÃO, qualitativa, de influências e de novos elementos anexados ao tipo de som, ENRIQUECENDO a cena!

    Agora, Ricardo, fique atento... eu comentei isso no post do tal "Rocka Rolla" e passou batido: o fã de Heavy Metal AINDA É muito aquilo! Não se iluda, o esteriótipo está aí, disfarçado ou não, em diversos níveis (como disse, desde o público até revistas, grandes sites, bandas etc)...

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  15. Eu sei disso, e assino embaixo, Scobar.

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