3 Inches of Blood: crítica de ‘Long Live Heavy Metal’ (2012)



Nota: 8,5


O principal mérito da banda canadense 3 Inches of Blood é fazer o tradicional soar moderno e atual. Isso é tarefa para poucos. Executando um heavy metal clássico que bebe diretamente na escola do Judas Priest e da NWOBHM, o quinteto construiu uma discografia sólida, forte e competente ao longo dos anos. Long Live Heavy Metal é o novo capítulo dessa jornada sempre ascendente.


Lançado no último dia 15 de março pela Century Media, o quinto álbum do 3 Inches of Blood é um atestado de amor e comprometimento com o metal. O título não está ali por acaso: se depender da banda, o heavy metal continuará vivo por séculos. A sonoridade é construída sobre o lado mais tradicional, porém o grupo não se contenta em seguir os caminhos óbvios que as faixas apontam. Com arranjos inteligentes e criatividade de sobra, a banda mostra que ter um som tradicional não é sinônimo de música repetitiva, muito pelo contrário. Canções como “Metal Woman”, “Leather Lord” e “Look Out” são ótimos exemplos disso.


O trabalho de composição é muito bom. As faixas são intensas, com um ótimo trabalho da cozinha formada por Byron Stroud (baixo) e Ash Pearson (bateria). O timbre do vocalista Cam Pipes, extremamente semelhante ao de Rob Halford, faz com que tenhamos a impressão de estar ouvindo, em alguns momentos, uma versão rejuvenescida do Judas Priest.


A banda experimenta novos caminhos em alguns momentos. A instrumental “Chief and the Blade” leva o ouvinte para o velho oeste e introduz a ótima “Dark Messenger”, um dos destaques do disco. “My Sword Will Not Sleep” é de uma competência inequívoca, enquanto a bela instrumental “One for the Ditch” encerra o disco em grande estilo.


O saldo final é mais um grande acerto do 3 Inches of Blood. Long Live Heavy Metal é um belo trabalho, com qualidade de sobra para cair no gosto de qualquer headbanger. Se você curte metal, vai curtir esse disco!




Faixas:
  1. Metal Woman
  2. My Sword Will Not Sleep
  3. Leather Lord
  4. Chief and the Blade
  5. Dark Messenger
  6. Look Out
  7. 4000 Torches
  8. Leave It on the Ice
  9. Die for Gold (Upon the Boiling Sea IV)
  10. Storming Juno
  11. Men of Fortune
  12. One for the Ditch

Comentários

  1. Pôxa, acompanho esse blog e aplaudo tudo que é dito sobre bandas novas, cena produtiva, o combate ao pensamento retrógrado de outros veículos importantes e “especializados” etc.

    Mas tem coisas que pessoalmente não engulo. Bandas como Primal Fear, os últimos trabalhos ABSOLUTAMENTE CLICHÊS de bandas clássicas e importantes como Iced Earth e Accept, puro MAIS DO MESMO, bem basicão, muito triste... o tal do Huntress, com quem até simpatizei moderadamente, mas longe de ser o “futuro do metal”... agora esse 3 Inches, que até tem sua dose extra de energia, mas nada que revolucione também...

    Quer uma banda realmente original, sofisticada, sem deixar de fazer um som pesado e direto? ADRENALINE MOB! Ali é OUTRO nível, outra dinâmica, um vocalista versátil tb faz a diferença (VERSATILIDADE, eis a palavra!).

    Aqui no 3 Inches, a palavra “criatividade” é BEM LIMITADA, hein Ricardo! (que diferença para o atrativo Torche, por ex). Lembram do Dream Evil, que a RC empurrou goela abaixo há uns tempos? Tb é desse time!

    Quando falamos de heavy tradicional, sou “jurássico” como o termo tradicional pede! É o paradigma! Aliás, as bandas do passado ainda lançam coisa em grande estilo. Trabalhos do Halford mostram isso com maestria! E a fase Ripper Owens no Judas, IGNORADA nas enquetes? “Jugulator” e “Demolition” são aulas de metal. Já se é para falar da cena atual, prefiro o que NÃO É tradicional.

    Mas, vá lá, banda ‘ok’...

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  2. Fala Scobar....
    Acho que o Cadão vê a música de uma forma diferente... se ele acha empolgante, bem feito, com autenticidade... se aquilo dá liga na hora de escutar (algo totalmente subjetivo) ... a nota saira alta... acho que a inovação pode até entrar na conta dele...mas não é o prepoderante... e veja só...invovação mesmo acho que a gente só percebe com o tempo.... vc citou o Adrenaline Mob...achei um bom disco...mas sinceramente...apesar da energia...não vejo muita diferença do que já ouvi com o Black Label Society em seus bons momentos ... mas é um bom album ... dária no máximo nota 7 ... agora uma banda que pra mim...soa única é o Devil´s Blood .... recicla vários ensinamentos da década de 70 e 80 ...mas o calderão sonoro é tão bem temperado que o som sai com muita personalidade...mas isto para minha percepção... no fim é tudo muito subjetivo

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  3. Cada pessoa vê a música de forma única. Já respondi antes, mas respondo de novo: inovação pela inovação muitas vezes não leva para lugar nenhum. Assim como pegar elementos do passado não é sinônimo de som requentado. O que eu penso sobre esse disco do 3 Inches of Blood está na resenha.

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  4. Tranquilo, repito tb duas coisas que já disse: NEM tudo que é inovador é necessariamente bom, MAS para ser bom, para contribuir com a renovação da cena, tem que ser inovador.

    Além disso, do mesmo jeito que posts do blog podem representar a opinião do blogueiro... no meu comentário, sempre em primeira pessoa, fica clara que é MINHA opinião. Afinal, penso que a discussão e adição de idéias é, ou deveria ser, um OBJETIVO do blog (público comentando, e blogueiro comentando o comentário, etc). Caso não, seria bom deixar claro rs

    Fabio, vejo muita gente, ao escutar uma banda mais direta, com uma guitarra mais “gorda”, já comparar ao BLS... mas embora uma boa banda, nunca os vi como ‘inovadores’. É um metal direto, às vezes mais recheado, às vezes mais cru, trazendo um estilo (até com personalidade) que acerta em cheio o público... MAS sem a dinâmica e a estrutura das músicas do Adrenaline. Inclusive, chamei a atenção para a palavra VERSATILIDADE por isso. Em todos os instrumentos e faixas, especialmente com um Russeal Allen no vocal, faz diferença. Acho, eu, que são campos bem diferentes.

    Por fim, amigo Fabio, você bem coloca “se aquilo dá liga na hora de escutar... a nota saira alta”. Porém, nesse caso, PERDERIA O SENTIDO o (por mim e por muitos aplaudido) recente texto criticando a Roadie Crew!

    Sempre que as análises não tiverem um componente OBJETIVO, e o mero “dar liga” for suficiente para o combo ‘resenha positiva + nota alta’, fica INCOERENTE com o pregado PELO blog (o que, quase sempre eu apóio – aliás, POR ISSO comento, e já não gasto saliva - ou teclado – numa RC, ou Whiplash, etc).

    Abços!

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  5. Scobar, eu não achei o Adrenaline Mob nada inovador, por exemplo mas gostei bastante do disco. É claro que a gente valoriza bandas originais, e isso é fundamental. Estava ouvindo recentemente o último do Devil's Blood novamente, e ninguém faz nada parecido com o que eles fazem.

    Porém, ao julgar um disco, ao avaliar um álbum, existem muitos outros fatores além da inovação. O trabalho de composição é muito importante, a execução, os arranjos, a produção, só para citar alguns. No meu entendimento, que é baseado somente na minha experiência de quase 30 anos ouvindo heavy metal, esse disco do 3 Inches of Blood é muito bom por causa das razões que apontei no review, que procurei deixar bem objetivas e não subjetivas.

    Porém, como já disse em algum outro lugar que não lembro agora, a crítica de um disco não é uma verdade absoluta, muito pelo contrário. Ela é só a porta de entrada. Cabe a cada ouvinte formar a sua opinião, e isso é fundamental.

    A relação entre crítico e leitor é construída, ao meu ver, pela similaridade na forma de pensar. Você lê os textos de um cara e percebe que concorda com a maioria das coisas que ele escreve. Então, você passa a confiar mais nessa pessoa, a dar mais peso para a opinião dela do que das outras. Porém, você deve sempre chegar a sua própria conclusão sobre uma obra, pensar por si mesmo.

    Enfim, gostei bastante desse disco do 3 Inches of Blood, mas a nota dele não é maior justamente porque, apesar de ter achado o disco muito bom, ele não é tão inovador como você falou. Por esse motivo ele nunca iria ganhar nota 10 ou um 9, e ficou arranhando no 8,5 mesmo.

    Deu pra entender o meu raciocínio agora? (rs)

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  6. Acho que to começando a entender o Scobar agora heheheheeh

    Albuns "que dão liga" mas são mais do mesmo: no máximo nota 7

    Disso pra cima...começam a entrar elementos diferenciais que deixam o som único....

    Acertei ???????

    Abração

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  8. ora, claro. Do mesmo jeito que espero que fique claro o MEU raciocínio igualmente...

    Aliás, repito, NEM SEMPRE "inovar" é fazer algo mirabolante, cheio de recursos, incrivelmente bombástico. Ás vezes pode ser o contrário, depende da banda, estilo, histórico dos músicos, etc.

    Posso citar muita gente... cito o Adrenaline (quando liberaram o EP, as covers, principalmente a de "Come Undone" do DD que veio no álbum, eu já afirmava ali que era algo único. Influências quase sempre há, mas são REMOTAS, o que é BEM DIFERENTE de beber DIRETAMENTE numa fonte nwobhm, ou tradicional, etc).

    Mas meu comentário aqui foi apenas para incluir de vez algumas bandas a que me referi (Iced Earth recente, Accept dos dois últimos álbuns, Primal Fear, etc - até mais clássicas que um 3 Inches), aplaudidas NÃO SÓ por você, mas por todos (veja a última enquete, por ex).

    Mas pq comento NESTE blog? Porque este blog já provou, reiteradamente, ter um compromisso raro com o que é NOVO, e repúdio aos que vivem radicalmente do passado ou têm mentes fechadas, perfazem o estereótipo do metaleiro oitentista, etc. Apenas isso.

    Em outros momentos, porém, seguirei pensando do meu jeito nos comentários, e vc do seu, claro.

    abço!

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  9. É muito difícil estabelecer um critério objetivo na crítica musical. Quantas bandas parecem altamente inovadoras para algumas pessoas e não apresentam nada de novo para outras? Depende da bagagem, como bem disse o amigo oacastillo, e de vários outros fatores. Acredito que bandas inovadoras hoje são Diablo Swing Orchestra, HSN, Mastodon, e não o Adrenaline Mob, por exemplo. Acho que o melhor critério é a defesa da variedade, aí sim creio que podemos chegar num consenso. Ou seja, dar espaço para bandas novas, antigas, consideradas mais ou menos inovadoras, desde que tenham qualidade, até porque muitas bandas progridem com o tempo e acabam apresentando trabalhos mais originais com esse amadurecimento. Abraço!

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  10. Amigos, conforme disse, apenas penso que para ser inovador, NEM SEMPRE apropriar-se de uma proposta absolutamente revolucionária, transgressora, mirabolante (embora eu seja FÃ e considere que isso seja SALUTAR para o estilo, caso dos citados DSO, até do HSN, do excelente Mastodon em muitos momentos, etc), seria o caminho. Ou ao menos NÃO É o ÚNICO caminho...

    o Adrenaline Mob foi um exemplo aleatório, deste ano, para ilustrar minhas palavras. Mas se vocês vêm me dizer que NÃO ACHAM a dinâmica e versatilidade da banda algo, até certo ponto, também inovador... eu acho isso ÓTIMO! Vocês NÃO estão a refutar o que penso, pelo contrário, devem estar ouvindo bandas AINDA MAIS inovadoras que eles. Esse é o espírito!!!

    O problema que identifico é a incoerente “cobrança por inovação”, por apoio e entusiasmo do ‘novo’, CONSTRASTANDO com o aplauso ao “mais do mesmo”.

    ***EXEMPLO RECENTE: em 2010, me vi absolutamente maravilhado com o que o NEVERMORE fez em “Obsidian Conspiracy”. Lendo sobre as respostas ao então novo álbum dos caras, vi que minha opinião era minoritária: muitos acusavam o Nevermore de ter caído numa “fórmula”, e que aquele material seria uma ‘versão simplificada’ do já feito, com mais maestria, no Dead Heart ou Godless Endeavour.

    Para mim, era um puta ABSURDO! Mas, ok, pensei assim: é VÁLIDO, se estão criticando uma banda tão CRIATIVA como o Nervermore por isso, DEVERÃO eleger entre os melhores do ano algo MUITO MAIS bombástico, moderno e inovador que o “Obsidian”. Que ótimo, estou louco para ver!

    Mas sabem o que estavam aplaudindo, para minha completa estupefação?!?! Um álbum (bom ou não, isso vai de cada um) de proposta MEDÍOCRE, como o “Blood Of The Nations” do Accept. Sequer era o Accept essencial de um “Balls To The Wall”, sequer era com o UDO... era o Accept COMUM, com vocais, estrutura e composições COMUNS, fazendo um heavy COMUM! Desculpem, PARA MIM, é contraditório e até prejudicial para a cena toda! (poderia dizer o mesmo de um 2011, por ex, com gente dizendo que o Machine Head não era "tudo isso", mas ia aplaudir o novo do... Iced Earth?!?)

    Por fim, não vejo o termo “BAGAGEM” como aplicável aqui. Acho ela até um PRESSUPOSTO para fazer certas avaliações. Não é crítica ao Ricardo, estou falando na resenha de álbuns DE MODO GERAL, por favor! Só digo que, se eu visse um ‘novato’ no estilo falando bem de um 3 Inches (é um exemplo aleatório, novamente), eu ao menos ENTENDERIA a empolgação da pessoa. Só que aí me sentiria quase na obrigação de dizer: "olha amigo, que bom que o álbum te empolgou, ‘deu liga’ e tal... mas reveja essa nota aí, porque vou te apresentar Judas, Iron e uma pá de bandas que já faziam isso, sempre com muito mais maestria, desde os fins dos anos 70..."

    Talvez eu já emendasse um: "agora saca só também esse ‘novão’ aqui do Adrenaline Mob... Mastodon... Machine Head... Nevermore... Opeth... Moonspell... Sepultura... etc" :)

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  11. ao amigo FabioRT:

    então cara, por mais que eu defenda um ASPECTO OBJETIVO nas avaliações, NÃO poderia defender uma espécie de “tabela”, do tipo “se não inovador até 7,0, etc” rs rs Seria absurdo.

    Apenas acho que deve CONSTAR da resenha. Isso serve para Roadie Crews e tudo! O fator OBJETIVO em destaque: o que o álbum traz para a cena? Quem é o artista ou banda, seu histórico criativo ou não, dentro do estilo em geral ou de um subestilo. Como é visto pelo público. O que realmente fez na carreira. Qual sua proposta? Se esforça em quê caminho? Bebe em quais fontes? De modo descarado ou apenas remoto? Injustiçado ou não. Criativo ou não. Eclético ou não. As composições, os arranjos, todo o ambiente do álbum. (mas tudo isso também é subjetivo? discordo. no mínimo, traz um grau MUITO MENOR de subjetividade)

    Por fim, e apenas por fim, o indissociável fator SUBJETIVO, deixando claro que, ali sim, entrou uma eventual opinião pessoal, um 'deu liga', um 'encaixe' no momento da cena, mas que NÃO PODERIA refletir TOTALMENTE na nota, mas ser um produto deste lado pessoal com o lado objetivo.

    Garanto que álbuns injustiçados teriam suas notas aumentadas, e álbuns que são reverenciados por um imediatismo da mídia, porque “deu liga”, teriam suas médias, normalmente altas, um tanto reduzidas, acabando com a tal banalização que este próprio blog, com RAZÃO, apontou recentemente!

    Abços!

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  12. Scobar, eu entendo o seu lado, mas acho que você acaba focando apenas nesse fator INOVAÇÃO para avaliar um disco. É claro que ele é muito importante, mas não é o único. Para mim, o Blood of the Nations, que você citou, é um disco excelente. Não é inovador, mas não precisa. Ele traz de volta um som que o próprio Accept foi original e inovador ao criar, duas décadas antes.

    É realmente difícil encontrar uma fórmula, um meio para analisar discos. Acreditem, é bem difícil racionalizar esse processo (rs). Tem discos que você ouve e pensa "nossa, que legal, adorei isso". Mas, na hora de escrever, tem que buscar argumentos objetivos para exemplificar o porque de aquilo ser bom. Tem horas que dá vontade de dizer "é bom porque é, e pronto" (rs).

    Escrevo sobre música há quase 10 anos, mas é um processo de aprendizagem constante. Essa troca com pessoas como você, por exemplo, me fez atentar para esse fator em todo disco que ouço, e tento balancear com os demais para chegar a uma conclusão sobre o que analiso.

    A crítica musical lá fora tem uma tradição de mais de meio século. Aqui no Brasil, a de heavy metal é baseada no que a Rock Brigade publicava nos anos oitenta, o que é muito pouco. As revistas inglesas tem textod fantásticos, e tento aprender com eles. Mas, ao mesmo tempo, o meu background é daqui, então, em vários exemplos, acabam havendo choques entre dois pontos de vistas antagônicos.

    Sobre o Adrenaline Mob, gostei bastante do disco.

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  13. Correto, Ricardo. Agradeço a resposta!

    Só um adendo sobre o ACCEPT: eu CONCORDO, eles, assim como o Iced Earth, são bandas clássicas e inovadoras À SUA ÉPOCA, em seus trabalhos essenciais (o que o Accept fez em "Balls To The Wall", por ex, eu vou para sempre respeitar e ninguém nunca fez daquele jeito, com certeza!).

    Eis tb que separo bandas como essas de outras mais novatas. Mesmo de um Primal Fear, que nasceu "cópia" (acho que até o Hammerfall revigorou mais a cena que eles). O triste dessas mais clássicas, como o Accept, é vê-las funcionando como "cópia das cópias deles mesmos". Eis minha crítica!

    O Iron às vezes soa assim, vem tentando fazer algo diferente. O JUDAS é meu maior exemplo, sempre soa renovado (painkiller, demolition, nostradamus), e olha que nem precisava, são a vanguarda do metal tradicional! Mas prefiro um álbum "qualquer nota" deles, tipo um "Angel Of Retribution", que a repetição de "Blood Of Nations", por ex.

    Ah, se me apego demais a "inovação"? É que, sei lá, é um cuidado excessivo com a aparência do METAL, de querer que ele se mostre ao mundo como estilo eclético e produtivo, JAMAIS pobre, maçante, repetitivo, engessado com regras! Senão o metal vira um concurso de "quem aí está copiando melhor a nwobhm?"... seria a MORTE do estilo (o que muito desinformado por aí aponta há duas décadas)

    PS: rs resenha do St. Vitus, Ricardo? Pô, aí eu respeito. É uma banda clássica. Mas entende que no ano em que o St. Vitus for "o melhor do ano", foi um ano medíocre para a cena...? :)

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  15. musica para mim sempre foi sentimento, quando vou ouvir um disco nunca coloco a racionalidade na frente de tudo. a coisa e simples: se ouco um disco e gosto, foda-se se a banda inova ou nao ou se ela tem integrantes brancos ou pretos ou se a musica foi feita agora ou a mil anos atras, e por isso que posso gostar tanto de jorge ben quanto de kelly key, meshuggah e bethoveen. acho esta discussao de inovacao na musica tao sem sentido, fica parecendo aquela coisa insuportavel do lucio ribeiro e do alvaro pereira junior. puta que pariu!!!!!!!!!!!!!!

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  16. Prezado Cleibsom!

    Não repetirei o que JÁ DISSE sobre os aspectos OBJETIVOS e subjetivos na análise de uma banda, álbum ou música! Creio que já foi o suficiente, se quiser pode reler...

    Só uma ressalva, não me lembro de ter falado sobre integrantes brancos ou negros, meu amigo. Assim como não debato nacionalidade (nacional ou não, por ex).

    Estou falando de ARTE, sem rosto, sem regras... e de seu produto FINAL, que é o que nos interessa, da imagem que o Heavy Metal passa, e, inclusive, do que reiteradamente venho aqui defender: a DIVERSIDADE musical, de vanguardistas como beethoven, Jorge ben, meshuggah que seja... aliás, pode ir escutar até Kelly Key, cara, vc quem sabe, isso NADA TEM A VER com o que aqui discutíamos!

    Mas sua opinião é válida e bem vinda, quem sabe as resenhas não ficam mais sucintas de agora em diante e se resumam a um grito com mais “sentimento”, e menos “enrolação” ou “racionalidade”, do tipo “Animaaallll!!”, “Foda!!!”... ou, quem sabe, “PQP, FODA-SE!”, como VOCÊ colocou. Olha que profundo. Aliás, Felipe Negri assinaria embaixo rs

    Sobre tudo isso, por fim, recomendo um interessante debate paralelo que estava tendo com outro amigo aqui do blog, no último post do Ricardo sobre o Queensrÿche. Confira lá, se quiser.

    Abços!

    PS: ouvindo o novo álbum de Arjen Lucassen. Sempre, com SENTIMENTO, senão nem me daria ao trabalho de ouvir, ou nem viria defender o estilo aqui nem nada! No caso, sentimento que credito, em grande parte, ao fato de o artista ter sido um dos grandes inovadores contemporâneos do Metal e continuar aí, produtivo, intenso, original. Senão, qual a contribuição? Qual a graça? Valeu!

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  17. scobar, nao tenho capacidade de participar destes debates "cabecas" que voce suscinta, minha pouca inteligencia nao o permite. acho estranho voce falar em nao regras enquanto cospe regras o tempo todo. suas analises quanto a uma obra de arte sao externas a obra em si, o que para mim nao tem o minimo sentido, voce parece analisar tudo pelo lado intelectual da coisa, o que, convenhamos, e muito chato. va com calma, irmao, pelo menos por enquanto, apesar de este parecer ser o seu pensamento, voce nao e um formador de opiniao...menos, menos!!!!!!!!

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  18. rs não devo ser tão inteligente assim, pq eu mesmo boiei no que vc escreveu aí, amigo...

    mas vc levantou um ponto interessante: qdo proponho uma música variada, ousada e SEM regras... isso, em si, É UMA REGRA! haha me fez pensar agora, essa discussão tende ao infinito :)

    sem stress, retorno com essa "racionalidade" odiosa na próxima vez que alguém mandar um "foda-se", ou quando ouvir as famosas máximas "nada mais é feito de bom no metal" ou "tudo hoje é mera cópia do que já foi feito"... rs

    saudações!

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